Indivíduo: ''Não se preocupe. Tudo ficará bem. Vai acabar. Fique quieto. Deixe que resolvam. Relaxe. Aproveite sua vida. Cuide apenas do que é seu.'' Consciência: "Mas o que é meu? O que eu vou aproveitar? Relaxar? Como irão resolver? Ficar quieto? Vai acabar? Tudo ficará bem? Eu me preocupo?!"
As dores alheias lembram-me quem sou? EU, a parte de um todo, sou o livre pedaço que monta, desmonta e que não se preocupa. Os meus sofrimentos recordam a identidade de alguém? TU, a parte de um todo, é outro independente pedaço que constrói, destrói e que não se preocupa. Nossas dores conscientizam vós? NÓS, as partes do todo, somos pedaços soltos, intercalados e correlacionados que não se preocupam...
É espantoso observar nossas catástrofes sociais. Há quem se surpreenda à nossa paralisia cívica, glória a este que percebe e move-se, e coragem para o ignominioso que estimula tamanha mediocridade. Por que quando assustadiços flutuamos ao mínimo sopro e fazemos de circunstâncias duvidosas certezas que nos aterrorizam?
Seríamos possuidores de uma má natureza ou voluntários ignorantes de um sistema que nos corrompe? Sejamos produtores de questionários altruístas ou desesperançosos moralizadores de impulsos egoístas? Repressão, formação reativa, projeção, regressão, racionalização, negação, deslocamento, anulação, introjeção e sublimação. Será que Freud explica?!
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