Carpe Diem.

   Olhe para mim. Sinta o ritmo da dança invadir. O desejo irá lhe persuadir. Eu não peço nada a você. Apenas dou-te  prazer, e você também me dá. Uma noite é o suficiente para descobrir onde devo tocar-te. Pode vir... Eu sei que você também quer me descobrir. A sua linguagem corporal é quem me fala. 

   Há outras para mim e outros para você. Mas você não quer ninguém. E eu não quero ninguém, senão você. Eu não sei onde estamos indo. Eu não sei quem somos. Mas sei que você gosta de jogar. Se fazer de difícil. E eu gosto disso. Eu vou te pegar do jeito certo. 

  Você me deu. Entregou-me a mão no momento certo. Agora é comigo. Deixe o ritmo penetrar em você. Rebole. De um lado para o outro. Para frente e para trás. Descendo e subindo. Agora você é minha. 

   Você pode sentir? Sinta o meu corpo. Sinta minha mão. Ela desliza sobre você. Você se arrepia. Eu observo. E sorrio. Mas você... Seus lábios, sua língua. Em seu pescoço faço tudo. Em seus ouvidos sussurro. Você entrega seu corpo, mas não entrega tudo. 

  A festa está aqui dentro. Só depende de nós querer continua-lá. Vorazes prosseguimos e nos saciamos. Que sensação! Que loucura! Que aventura! Nós nem nos conhecemos. Mas podemos nos conhecer. Ou talvez não. Talvez seja melhor assim. 

   Notou-se uma diferença absurda de experiências e pensamentos. E você se foi. Mas sempre será lembrada. Não há como esquecer. A melhor estranha que eu poderia não conhecer...