quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Te Ver.

     A soberania interior veio relembrar o valor do encantar. O pensamento nada pode sobre essa espécie de inteligência pessoal, toque final. Uma construção polida na serenidade de saber do mistério de tudo aquilo que é vivo. 

     Desvendar o céu, o  inferno... a ideia de causa e consequência, a suma importância no moldar para si o que esta por vir. Talvez o segredo esteja na confusão do real com o atual. Aliás, o charme sempre esteve nas entrelinhas, naquilo que não se observou nem registrou e ainda sim, a mente é capaz de reconhecer um encantamento antes mesmo de entendê-lo.

    Tão lindo quando no abrir dos olhos, perduram as sensações não temporais e espaciais dos corpos. Quantas referências há de se escolher! Beija-flor do amor, deseja o que se excita... eis seu charme: esgotar o desabrochar outrem. No esvair do momento, correlacionando as almas, se dão, são, serão, porque essa melodia muda qualquer dançarino. De um jeito ou de outro, o coração é quem dita a balada desses cúmplices algozes. 

     Engana-se aquele que pensa ser carrasco na arte de conquistar. Não há nenhum domínio senão em si mesmo, e após tantas comprovações, ainda é fácil perder-se com uma singela vibração do querer precisar. A isto é que deve-se brindar, o charme que poucos sabem aproveitar...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Não Se Sabe O Que Tem Até Não Ter Mais.

     Ei, não te enganes, a vida não é roupa, dela não se usa nem desusa. Aos meus acertos dou nosso erro. O que há de ter em comum? Mais razão que emoção...

    Eu te mostrei bem. Demonstrei inúmeras razões, demasiadamente franco ou inseguro, todas me fizeram ser  quem sou. Até aqui, um apaixonado à minha maneira. Até aqui. E "aqui'' parece-me tão longe olhando de fora dos laços, que fico grato por tudo que passei. Não há dúvidas que o fato mais compreendido é a hora de priorizar a si mesmo. Ela pode estar passando despercebida, por preguiça de lutar por sonhos e obras que precisam de saúde, disciplina e humildade.

      A maior parte de nossa dedicação foi linda, todavia invertida. Convenhamos criança, precisamos correr agora atrás das oportunidades que passaram, devemos eliminar precauções precoces e aderir a sabedoria de gozar dos momentos. Qual a graça de brigar à distancia? Não se deve colocar o orgulho como unidade de medida do amor. Porque você me vê. Talvez, acredites que não tens a mínima ideia do que sou ou quem sou. Mas eu sou apenas mais um, não fantasie, por favor! 

     E daí se eu joguei fora os planos? O que importa é que eu estava "aqui", não importando a frequência em que minha mente conseguia ficar com a sua. Estou tentando fazer o meu, certo? Deixe que flua. O suave esclarece minha mente. Eu vou aguentando, porque tenho sonhos para lembrar. Mas isso... me deixa para baixo.

sábado, 18 de agosto de 2012

Devanear, Que Mal Há?

    Se no último dia de minha vida eu for trancafiado, preso ou algo semelhante, confiante estou de não morrer de tédio. Em toda a minha existência pudera eu ficar doente de tudo, menos da consciência! Eis meu único pedido ao criador... 

     Que loucura são estas imagens que exigem ser transpassadas para a escrita! Minhas ideias misturam-se com o todo percebido e dessa mistura brota confusão, alegria, desespero e qualquer outro produto da consciência humana. Aliás, devo confessar que estou tratando cada vez mais de minha doença: a genialidade. Às vezes me sinto só quando penso que sou o seu único portador. Deve ser mais um sintoma.

     O barulho do vento, e o canto dos pássaros seguido do silêncio de casa terminam num eco, outro devaneio. Ao levantar da cama olho para o relógio pensando no tempo que passou e penso que quanto mais eu olhar mais ele vai passar e assim como ele o canto das aves desaparecerá. Apenas eu estarei lá - lembrarei disso toda vez que repousar - devaneio genial esse que sempre tenho, à me motivar.

     De toda lembrança reconheço que o maior erro é escolher ser quem você não quer ser. Ou mudar aquilo que você quer para o que precisa. Ora bolas, se for mudar altere o que necessita, não você mesmo. Se a genialidade se faz presente ante a genética e o meio social, posso afirmar que sou um gênio na arte de devanear. 

     Eu acredito que o devaneio não esta longe ou separado da abstração. Podem até ser a mesma coisa, o processo final da consciência do ser. Por consequente, toda abstração é fruto da imaginação, que só se transforma quando dotada de razão. Sendo assim, de nós não se cria nada, se transforma. E nesse processo o mais gostoso é compreender que aquele que sonha, é um gênio ao trazer a brincadeira para a sua  própria realidade.  


quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Relator.

     Uma sensação surge inesperadamente. Olhando para o nada, procurou um espaço de respostas, recanto de serenidade e clareza. Caminhou lentamente à janela e fitou tudo que pôde daquele céu azul. Sentindo os raios solares penetrarem na mente sã, iniciou o período de levantamento.

     Viajou pelo tempo, bem ou mal passado em espaços nem tão abstratos. Lares, ruas, bares, quadras, etc. Percorreu todos com a esperança de achar a causa de sua inquietação. Monólogo vai monólogo vem, Johannes percebe que a vida é feita para conversarmos sobre ela, delatando a si mesmo o seu erro. Ele lamenta por ter agredido aquele homem perdido - mesmo que em sua cabeça houvesse razão para tal movimento violento - uma espécie de remorso o comia por inteiro. Lembrara daquela antiga regra: "Não façais tudo quanto podeis, porque aquele que faz tudo quanto pode, muitas vezes fará o que não deve". 

    Aqui vou eu de novo, outro dia vem e a última coisa que eu me lembro é que eu também já fui um homem perdido - disse Johannes...

terça-feira, 31 de julho de 2012

Muitos Rios Para Atravessar.

     Procurar no longe aquilo que esta perto. É normal essa inquietude de mais e mais? Quantas vidas eu deixei para trás por optar seguir rumo ao meu constante crescimento... e hoje, estão felizes aquelas que eu não presencio mais? O que é o homem senão um autocritico que vive na própria cabeça...

     A vida sempre quer mais vidas. Realidade é ser tudo, menos nada. Em algum lugar tudo aquilo que se deseja existe. Talvez o mundo das ideias não esteja tão distante ou separado dos sentidos. E se houvessem outros sentidos? Eu não falo de ver gente morta ou conversar com entidades (pelo menos eu não tenho estes sentidos, até agora...) Mas e se a imaginação fosse o despertar de tudo aquilo que se sente? Pouco se sabe sobre o inconsciente e quase nada se faz pelo consciente.

     Seria audacioso questionar algo ou desproveitoso não filosofar sobre tanta coisa que nos cerca e não percebemos? Ouço sonhos todos os dias. Observo desejos profundos até nos corações mais silenciosos. Conheço meus limites e procuro sempre superá-los. O rumo que tomo é o da felicidade. Entre tantos mundos escolho este. Todo instante é um mundo novo. Alguns segundos são o suficiente para relaxar e entender a resposta de tudo. Ser você mesmo é a mentira da maior verdade já conhecida.

     Há tantos espelhos para se guiar que perder-se faz parte do caminho. Ser alguém bom é base de boas relações. Você pode se indagar sobre tantas coisas, até as que não existem, mas não deixa de vivenciar a importância de ter uma família, bons amigos e paixões saudáveis. Simples assim. 

     É difícil abraçar alguém ou você precisa de algum motivo em especial? Estar ao seu lado, é tudo. Dar a mão para um estranho ou querer conhecê-lo, de modo a propiciar bem estar para ele, é tão complexo quanto se pensa? Abrir nossas ideias para analisar outras, que mal tem? É uma derrota reconhecer a capacidade dos outros ou é apenas o medo de não ser o melhor em algo? 

     A cada dia que se passa a ideia de fé necessita ser reforçada. Acreditar em si mesmo quando tudo parece duvidar de você é a maior vitória existencial. Solidão para mim é a força primária de respeitar, cuidar do corpo e alimentar a mente com boas informações. Mesmo que muitas ondas queiram passar, cabe a si mesmo decidir por onde navegar. 

     Que águas desconhecidas venham inundar-me. Da tranquilidade do mar à tormenta dum redemoinho, preserva-ei-me com bom juízo. Semearei vida dos sonhos que conheci, sorriso das diversões que ri, perfume das flores que exalei e coragem dos guerreiros que enfrentei. Vou de encontro ao mar, além de petróleo ou capital, sei que há um outro lar. É... a viagem vai começar! 


      

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Atual Realidade Da Atualidade.

     Me parece que a maré da Terra nunca me fará esquecer que há um porque sim - porque não - porque é - porque não é. O acontecer não é desconhecido nem exato, simplesmente é. Há e sempre haverá rede entre o padrão e a estrutura de qualquer substância...

     Por mais que eu discorra com toda racionalidade, que me é capaz, sobre ciência, religião, moral ou valores, eu nunca irei além deste estado. Eu, por si só, não posso mudar tampouco definir um sistema que esta além de meu poder. No espaço de ação ou ideias de cognição, há de se ter cuidado para não interpor uma ilusão no pensar e um vácuo no viver.

     O transbordar das ondas do vai e vem, junto ao fogo que queima e alimenta são emergências de auto-organização. O Homem, incessantemente busca a ciência das estruturas, para o controle e comunicação daquilo que julga ser substancialmente diferente dele mesmo. A consequência do devir humano é a realimentação de uma parte d'um todo em inconstante equilíbrio, pois um organismo em equilíbrio é um organismo morto.

     A ascensão da biologia molecular sobre estruturas dissipativas e reconhecimento da auto-poiese é apenas o engatinhar, uma síntese de Gaia. Da ciência clássica até a atual matemática da complexidade, houveram muitos insights pela não-linearidade. Acredito que, é de suma importância o bom manuseio de nosso espelho mais evoluído: o computador. Provavelmente, em meados do século XXI, uma boa parcela da população estará apta intelectual e tecnologicamente mais próxima do poder de criação de Deus, por assim dizer. Desde que o mesmo, nos ilumine mais e mais sobre espaços abstratos, atratores estranhos e geometria fractal...

     Nem além ou aquém do padrão de organização e estrutura, estamos na atividade envolvida na incorporação contínua do padrão de organização do sistema - autopoiese. Nós, pequenas estruturas dissipativas, também, podemos ser flechas do tempo. De ordem ou desordem, tanto faz, apenas pontos de instabilidade. Sim, nós fomos, somos e seremos sempre bifurcações. É o nosso diálogo com a Natureza. Nós não criamos, auto-criamos. Autômatos celulares simulando redes autopoiéticas, porque não? Mas redes binárias parecem tão simples para descrever nosso código de máquina... 

     Na margem do caos, de certo, podemos estar LIGADO-DESLIGADO. De incerto, cabe as variáveis (úteis) ou a nossa capacidade de homeostase, flechar-mo-nos com saúde no espaço-tempo. Pode parecer complicado de entender, mas eu estou falando apenas da vida em sua forma miníma (organismos e sociedades). Indagar sobre autopoiese no domínio social que é complicado... O máximo que encontraremos, por enquanto, são redes de comunicações com elementos de comunicações. 

     O sistema de Gaia nos faz refletir, à não tão inovadora, visão do universo como um todo. Espécie de acoplamento estrutural, isto é, desenvolvimento e evolução! Que coisa interessante é o Homem, uma massa de medidores, discos e registros. E só sabemos ler alguns deles. E, mesmo assim, talvez o nosso cérebro não leia corretamente a nossa mente... 

     Talvez a visão sistêmica da evolução esteja além do que se vê. Pensar numa partícula em deslocamento que se move por intermédio de uma leve força resultante entre o atrito da vontade de poder e intelectualidade platônica, é captar a essência do viver humano. Caminhos incríveis de criatividade são os genes e a simbiose. Quem diria que a era pré-biótica iria ser micro/macrocósmica...

     Conclusivamente o desdobramento da vida, humana, é o surgimento da cognição. O que é a vida para nós senão representação e informação? Existem vários mundos em um só, inúmeros organismos acoplados, capazes de saber que sabem. A mente não é uma coisa, mas um processo - cognição ou processo da vida.  O nosso cérebro é apenas uma ferramenta dessa operação. Não existe o sistema nervoso, o sistema endócrino ou o sistema imunológico. Existe uma rede psicossomática...

     Particularmente acabo de transpor o porque de moldar meu futuro. A psicologia é uma ciência admirável, uma unificação de ciências biológico sociais que peca no requisito de criação mas engrandece em aplicação. Aliás, minha maior crítica encontra-se justamente neste requisito. A psicologia reforça a  ilusão de cura e domínio. Pensar num caçador que atira metodicamente para acertar a caça e faz da caçada uma armadilha baseada em informações espaçotemporais é o perfil ideal para ser psicólogo. Contudo, as informações não são a chave da resposta. É a representação de toda a caça...

     Será a vida uma ilusão, espécie de holografia? A realidade é unica dependendo de quem a interprete. De que maneira interpretar? O que interpretar? Interpreta-se o que pode ou o que se quer? Qual é sua realidade da Atualidade?


   

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Doce Branco.

      Tem tantas coisas que eu não sei sobre as pessoas que amo, e entre elas, o quanto sabem sobre mim. Acho que eles não sabem a respeito do Lugar. Como é que iam saber? Nunca contei isso para ninguém. Não tem nome na minha mente além de Lugar: não envolve ritual nem fórmula nem nada. É um local para refletir a respeito das coisas. Nenhum homem conhece de fato os outros seres humanos. O máximo que pode fazer é supor que são como eles mesmos. Ali, sentado no Lugar, protegido do vento, observando a maré se esgueirar por sob a iluminação das bóias, negra por causa do ceú escuro, fiquei imaginando se todos os homens tinham um Lugar, ou se precisam de um Lugar, ou se desejam ter um e não têm. Por vezes, enxerguei um brilho nos olhos de outros, um olhar de animal acossado, de quem precisa um lugar calmo e secreto onde as aflições da alma podem se abrandar, onde o homem se sente inteiro e é capaz de fazer levantamento. Algumas pessoas podem chamar de oração, e talvez seja a mesma coisa. Mas eu não acho que seja. Se eu desejasse criar uma imagem disso para mim mesmo, seria um lençol úmido dando cambalhotas devido a um vento agradável que o seca e o deixa de um branco dos mais doces. O que acontece é o certo para mim, seja bom ou não.

     Dos assuntos que domino estão por vezes ideias, e somente estas, sabem quem realmente sou. Acredito saber muito de tudo no mundo. Como se sabe tanta coisa? Sempre duvido de todos. Ninguém senão minha credulidade escapa de meu próprio ceticismo. É o filtro que protege das alienações. O minímo é submeter para ser obedecido. Lá, deitado na vida, queimando na floresta sob a escuridão de vaga-lumes que não brilham não pensam, viciados em feixes de luzes estranhas, quando os próprios animais têm, ou ignoram que precisam da própria luz ou vangloriam-se com pisca-piscas mal elaborados. Reflito ante inúmeros instantes que delatam o nosso andar de cavalo manco sedento por um misero pedaço de capim, ainda imagino como se sentiriam ao perceber que controlando impulsos e cooperando encontrariam um pasto, o campo infinito para correr apenas de si mesmo.  Eu acredito ser fundamental o constante encontro da sombra e seu dono. Eu não precisaria criar nenhuma imagem semelhante pelo simples fato de isto ser real. Se você se olhar no espelho...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Todos E Ninguém.

Falou e falava, sem parar. Seguindo-me até na escuridão. Mas o que é escuridão, quando eu por si só teria falta de cor? Assim é para todos e ninguém...

Dizia que nós parecemos gigantes. De fato, não é ficção. E ainda falou que somos anões... Não seria isso, contradição? Assim é para todos e ninguém...

Todos dançam no escuro, até olhar para o espelho e se enxergarem côncavos. Eis um dia de glória. Saudai-vos! Assim é para todos e ninguém...

Em minha cidade natal, nascemos para correr nas ruas da vida, procurando o jardim secreto. Batimentos cardíacos! Assim é para todos e ninguém...

A travessia do amor nos separa novamente. Coloque suas mãos no coração, as lágrimas são tudo que você entrega. Assim é para todos e ninguém...

As dicas estão no meio, você me ouve? Mate-as! Você esta esperando eu carregar você... Sempre estará! Assim é para todos e ninguém...

Diga-me como é que se pega, em teus olhos, minha garota favorita. Sentindo o momento? O brilho da lua? Assim é para todos e ninguém...

Nós somos as pessoas. Bichos de sete cabeças. Da aurora até o luar, precisando de contato, imediato: O silêncio! Assim é para todos e ninguém...

sábado, 2 de junho de 2012

Oração De Bolso.

Obrigado por hoje, Deus. O ar que respiro. As pessoas que estão ao meu lado. Obrigado... Toda essa energia. O amor que eu sinto. Obrigado pela vida, Deus!

Que Tua luz se faça em meus desejos. Dai-me disciplina naquilo que almejo. Te peço humildade e paciência nas minhas escolhas. Não me deixes perder a fé. Obrigado por hoje, Deus!

Somos um time. Pessoas unidas pelo mesmo objetivo. Sim, nós queremos vencer! Mas também precisamos saber perder... Não é o resultado que importa. É a atitude. A cabeça erguida. Obrigado pelo jogo, Deus!

Se eu tiver de tocar a bola mil vezes para meu companheiro, mil vezes o farei feliz! Pois tanto no jogo quanto na vida, eu preciso dos outros. E se o meu companheiro perder a oportunidade ou não acreditar no meu potencial... Ainda sim, eu tocarei mil vezes! Porque o melhor modo de ajudar é dando o exemplo... Obrigado pelo momento, Deus!

Se eu tiver de impedir meu adversário mil vezes, mil vezes o farei com respeito! Pois tanto no jogo quanto na vida, eu preciso me defender. E se o meu adversário perder o respeito ou zombar de meu potencial... Ainda sim, eu defenderei mil vezes! Porque o melhor modo de ajudar é dando o exemplo... Obrigado pelo obstáculo, Deus!

Que o agora me faça perceber o quanto eu posso aprender. Que o antes me faça entender o quanto eu sou pequeno. Que o depois me faça viver grande. E se algum instante eu largar Tua mão, lembre-me de todo o Teu ensinamento. Obrigado por acreditar em mim, Deus!

Obrigado por me deixar viver ao Teu lado!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Será Que A Paisagem Perdeu Sua Beleza Ou Será Que Eu Deixei De Ver O Belo Nela?

     Às vezes eu tenho medo do amor. Tenho medo dele não ser o que eu penso que é. Afinal de contas, o que é o Amor? Para você, que é Amar? E como a gente sabe quando está amando alguém?

     O Amor é próprio, questão de opinião. É definir e dar aquilo que se acreditar ser bom. Mas e a parte que consideramos ruim ou não-boa? O que a gente faz com ela? Nós nos abrimos? Nós deveríamos nos abrir...?

     O medo de não ser bem recebido, ouvir críticas ou reprovações, faz com que nós não nos compartilhemos com as pessoas que acreditamos Amar. Essa singela escolha é determinante quanto à cumplicidade de uma relação humana.

     Talvez, hoje eu tenha o maior motivo que eu já acreditei ter, para não continuar uma relação com alguém. Todavia, refletindo, eu pude perceber que eu também carregara esse erro. Eu sempre mantive um nível que eu acreditava ser digno ou merecedor da companhia de alguém. Do Amor de alguém. Contudo, tal atitude não é de amor. Mas de interesse...

     Não é só o dinheiro, carros ou sexo que são interesses. Interesse é tudo aquilo que é planejado ou feito almejando uma recompensa. Logo, querer dar uma de compreensivo, gentil e engraçado também pode ser interesse manifestado. E quase todo mundo faz isso...

     Será então interesse, o Amor? Vai ver idealizamos um Amor impossível de ser realizado... Ou não. Sendo nós que o idealizamos, podemos então mudar sua definição, deixando-o mais prático e simples ante a nossa natureza.

     É somente no seu Amor que você tem o dom de amar. A mudança começa dentro. Que aquele olhar ciumento, moralizador e possessivo sejam deixados para trás. Abra os olhos e apenas enxergue. Caso não goste da paisagem, procure outra. Mas, lembre-se das fotografias já batidas...


sexta-feira, 6 de abril de 2012

Camaleão mímico
Vive trocando de mundo
Quer dar uma de crítico
Acaba mudo
Fala cada absurdo!

Guerreiro animal
De pé ou no chão
Segue seu instinto natural
Precisa praticar o não
Com arma ou só a mão!

Músico filósofo
Questiona o som
Expressa o lógico
Se é mau ou bom
Faz disso seu dom! 

Singelo mestre
Exercita a paciência
Para ele tudo é teste
Entende que a existência
Esta além da consciência...


quinta-feira, 22 de março de 2012

     Qual o propósito de nossa existência? Quais os caminhos que devemos escolher? Será que um dia encontraremos um mapa vivencial, e talvez, até transcendental? E nossos semelhantes, encontrarão os seus itinerários existenciais?

     Será que este mundo um dia será habitado por uma família que o cuide como deveria moralmente cuidar? As aves voarão livres de balas!? Os peixes, algum dia, nadarão em seu limpído aquário oceânico!? O cavalo, correrá solto para o jardim que desejar!? Os seres vivos, poderam se alimentar e reproduzir-se naturalmente na biosfera!? O Homem, vai perceber que não há erros na vida e sim percepções errôneas sobre esta!? Afinal, tudo é natural...

     O maior clichê dos comportamentos paradoxais humanos é não identificar que, ao escolher viver apenas para si e rejeitar o bem estar do próximo, a mente coletiva é agredida. Mas, viver somente para os outros é rejeitar a mente individual, e por conseguinte, agredir a mente coletiva. Se cada ser humano, racionalizasse sobre sua mente individual ao sentir a mente coletiva, compreenderia que o silêncio é a maior contemplação à vida e que a reflexão é a maior dádiva coletiva.

     É difícil transmitir um pensamento coletivo e outro alguém o receber receptivo. É uma ilusão acreditar que este alguém compreenderá como eu compreendo. Pois, há de existir o livre-arbítrio vivo e não-vivo, isto é, ações e ideais. Talvez, eu queira dizer nada para você fazer tudo...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Dieta Existencial.

     Passou-se quase três meses desde minha última divisão de pensamentos. Acostumara-me com julgamentos compartilhados sobre mim e outrem, cuja finalidade era, talvez, nenhuma. Nada se transformará com tamanha dimensão, repentinamente. Tanto para mim e muito menos para os outros.

     Racionalizar... Nós do Ocidente, de guia vivencial racional, demonstramos ser menos evoluidos por acreditar sermos os mais instruidos. Esse etnocentrismo intelectual humano ainda irá nos extinguir... Está eliminando... Todo o natural.

     Certas pessoas são incapazes de captar no que contemplam o que dá a essas coisas a vida e o sopro intrínsecos, e passam o tempo a discorrer sobre os homens como se tratasse de autômatos, e sobre as coisas como se não tivessem alma e se resumissem ao que pode ser dito sobre elas, ao sabor das inspirações subjetivas.

     Por que escolhemos ser aristocratas? Como compreender esse instinto humano de querer impor que o externo seja feito aos olhos humanos? Que inteligência primitiva é essa de querer unificar o todo apenas à sua lente, meu irmão? De que adianta conseguir divergir a essência do natural em dois pólos, para poder racionalizar acerca destes, quando sempre fora aquele?

     De onde veio tanta insegurança? Falta amor consigo mesmo? E com os outros? Não diga nada... Sinta. Você pode sentir sua verdade? A resposta não necessita busca. Mas, aceitação. Não elimine sua subjetividade nunca. Cuide dela. Alimente-a bem. Não esqueça que você é ela. E que ela é o todo.

Saúde...!