Eu que vagueio colecionando corações alheios, faço esquecer a essência de meu peito. Outrora mole, presentemente pedra. É tempo de abrir-me, fazer confidências. Com o coração nas mãos, toda a sinceridade e o máximo de empenho, te deixo, coração artificial.
Mais que um órgão oco envolto pelo pericárdio, longe desse insensível gelo, Eu clamo aos ventos da generosidade menos capital e mais terra. Deveríamos nadar pelos rios da compaixão, e não afogarmo-Nos no redemoinho do egoísmo. Quero ensinar-lhe à deixar acesa a chama do amor, para não te queimares com a paixão. Derreter-te com emoções é o que almejo, sei que tens sede à afetividade, pois és igual a mim.
Você vai me ouvir ou precisará sofrer para entender que somos um só? Pare de viver pela metade. Correndo, perdendo. Castigando-se. De que adianta saber, sentir e não seguir? Você pode experimentar tudo. Mas, se não confia em Mim, não confia em ninguém. Nem em você mesmo.
Transparência enaltece, atraindo pessoas que venham a compartilhar, e assim somar a vida conosco. Deixe de ser um colecionador de mágoas e torne-se um semeador de idéias. Expulse a inospitalidade que há em você, dê lugar à sabedoria. Ame-se psique...
olha, meu querido, vc anda escrevendo cada vez melhor. Das duas uma: ou escreves logo um livro ou viras padre.
ResponderExcluirbonita tanta compaixão.
ahahaa =*
Vazio do que era Cheio
ResponderExcluirA desilusão nos faz parar, mudar de sentido.
Anuncia, como a aurora, o novo caminho.
A estrela que emanava brilhantes sorrisos...
Ao longo dos segundos deixou de irradiar prazeres,
Perdeu a força entrando numa nova órbita.
Afastou-se do falso alimento.
Quero novas estrelas, novos campos gravitacionais.
Avistava, na noite quente, diversas constelações e novos planetas.
Todos cumpriam sua função.
Na noite fria, ficava a lembrança da velha estrela que se fora...
Solitariamente imaginava sua trajetória.
Autoflagelação, sofrimento, angústia e remorso.
Vislumbrava seguir o seu rumo feito um satélite.
O ciclo nos afastou.
Muito raramente esse astro perdido cruzava o meu curso e nos alinhávamos.
Eclipses aconteciam.
Madrugada virava uma intensa tarde de verão...
Sem perceber as alterações do meu polo magnético,
Repelia a estimada companheira.
Estou só no universo.
Marcho a um extenso buraco negro.
(Felipe Coelho)