A soberania interior veio relembrar o valor do encantar. O pensamento nada pode sobre essa espécie de inteligência pessoal, toque final. Uma construção polida na serenidade de saber do mistério de tudo aquilo que é vivo.
Desvendar o céu, o inferno... a ideia de causa e consequência, a suma importância no moldar para si o que esta por vir. Talvez o segredo esteja na confusão do real com o atual. Aliás, o charme sempre esteve nas entrelinhas, naquilo que não se observou nem registrou e ainda sim, a mente é capaz de reconhecer um encantamento antes mesmo de entendê-lo.
Tão lindo quando no abrir dos olhos, perduram as sensações não temporais e espaciais dos corpos. Quantas referências há de se escolher! Beija-flor do amor, deseja o que se excita... eis seu charme: esgotar o desabrochar outrem. No esvair do momento, correlacionando as almas, se dão, são, serão, porque essa melodia muda qualquer dançarino. De um jeito ou de outro, o coração é quem dita a balada desses cúmplices algozes.
Engana-se aquele que pensa ser carrasco na arte de conquistar. Não há nenhum domínio senão em si mesmo, e após tantas comprovações, ainda é fácil perder-se com uma singela vibração do querer precisar. A isto é que deve-se brindar, o charme que poucos sabem aproveitar...