Às vezes eu tenho medo do amor. Tenho medo dele não ser o que eu penso que é. Afinal de contas, o que é o Amor? Para você, que é Amar? E como a gente sabe quando está amando alguém?
O Amor é próprio, questão de opinião. É definir e dar aquilo que se acreditar ser bom. Mas e a parte que consideramos ruim ou não-boa? O que a gente faz com ela? Nós nos abrimos? Nós deveríamos nos abrir...?
O medo de não ser bem recebido, ouvir críticas ou reprovações, faz com que nós não nos compartilhemos com as pessoas que acreditamos Amar. Essa singela escolha é determinante quanto à cumplicidade de uma relação humana.
Talvez, hoje eu tenha o maior motivo que eu já acreditei ter, para não continuar uma relação com alguém. Todavia, refletindo, eu pude perceber que eu também carregara esse erro. Eu sempre mantive um nível que eu acreditava ser digno ou merecedor da companhia de alguém. Do Amor de alguém. Contudo, tal atitude não é de amor. Mas de interesse...
Não é só o dinheiro, carros ou sexo que são interesses. Interesse é tudo aquilo que é planejado ou feito almejando uma recompensa. Logo, querer dar uma de compreensivo, gentil e engraçado também pode ser interesse manifestado. E quase todo mundo faz isso...
Será então interesse, o Amor? Vai ver idealizamos um Amor impossível de ser realizado... Ou não. Sendo nós que o idealizamos, podemos então mudar sua definição, deixando-o mais prático e simples ante a nossa natureza.
É somente no seu Amor que você tem o dom de amar. A mudança começa dentro. Que aquele olhar ciumento, moralizador e possessivo sejam deixados para trás. Abra os olhos e apenas enxergue. Caso não goste da paisagem, procure outra. Mas, lembre-se das fotografias já batidas...